Com imensa felicidade compartilho o protótipo experimental do Arquivo Histórico Digital da Ciência Cristã, no Brasil – AHDCC. No meu olhar, ele é uma referência prática e experimental das potencialidades do ideário da Arquivística Social, pois aproveita e honra todos os preceitos paradigmáticos em voga, mas tem a ousadia de inovar com perspectiva no futuro, no modo como os cidadão deverão estar buscando a informação social e cidadã usando os recurso tecnológicos no rumo da convergência total e interoperabilidade.
Outrossim tem o privilégio de ter sido uma experiência de pesquisa pioneira no Curso de Arquivologia da UFRGS, no campo da Arquivística Social aplicada, e, provavelmente um dos pioneiros no uso de ferramentas e aplicativos multimeios para exibir representações digitais de documentos e fotos históricas da chegada no país do movimento religioso global da Ciência Cristã.
A Ciência Cristã, que nada tem a ver com a Cientologia, teve origem há 145 anos, nos arredores de Boston, MA, EUA, e foi estabelecido pela pensadora e pesquisadora Mary Baker Eddy, o qual chegou ao Brasil no início do séc XX. O AHDCC propõe-se a contar e registrar esta história que introduziu um sistema de cura cristã, através da oração como um meio alternativo de cuidar da saúde.
Apresento então a esfera pública nacional e global, um protótipo prático do que imagino seja uma aplicação da Arquivística Social (AS), onde busquei compatibilizar os princípios arquivísticos com as facilidades da plataforma aberta Web 2.0, usando a infra-estrutura de recursos tecnológicos desenvolvidos pelos web projetistas programadores da Google sites!!!
Em agradecimento, autorizei a Google sites que todo o projeto do saite(*) seja usado como “Template modelo” a todos os usuários da Google sites. Quando acessar o saite abrirá a possibilidade de reproduzir o modelo para quem quiser fazê-lo e aplicar em algum outro caso similar. A esta iniciativa chamamos de processo de construção coletiva e colaborativa! Todos ganham e o melhor o conhecimento é solidarizado ao máximo – nada fica escondido ou retido!
Desde já tenho a grata satisfação de compartilhar que todos os que me apoiaram nesta empreitada digital inovadora, figuram com seus nomes na página de agradecimentos. Portanto, os nomes dos colaboradores do projeto AHDCC estão, a partir de agora, na esfera pública global e nos anais da Google sites!!!! Se alguns dos colaboradores arquivistas não desejar ter seu nome ali registrado, fiquem a vontade em solicitar a exclusão do mesmo, no meu e-mail.
O projeto do AHDCC foi apresentado como estágio supervisionado II no Curso de Arquivologia da UFRGS sobre a orientação do Arquivista representante da AsF no Brasil, o prof. Dr. e especialista Jorge Enriquez Vivar. A todos que colaboraram no projeto estão devidamente nomeados e recebam minha eterna gratidão. O projeto logrou o grau máximo de avaliação, o qual credito a todos os colaboradores e ao alento divino em cada passo do projeto – razão pela qual não tive a sensação de estar trabalhando sozinho, embora o projeto final de desenvolvimento em Web 2.0 e digitalização dos documentos e fotos, bem como o cerne da pesquisa documental em fontes primárias e narrativas orais, tenha sido um empreendimento individual e solitário.
A partir deste momento o protótipo do AHDCC está liberado ao domínio público, antes estava circulando só entre os amigos e colaboradores do projeto. Para acessar clique no link a seguir => ARQUIVO HISTÓRICO DIGITAL DA CIÊNCIA CRISTÃ NO BRASIL – AHDCC
O próximo passo será tirar as feições acadêmicas do saite(*) AHDCC, buscando deixá-lo o mais light possível e com melhor usabilidade! Estou estudando se vou deixá-lo na plataforma da Google sites ou migrar para outra plataforma aberta! Eis uma decisão relevante… Suas críticas, sugestões e ideias são sempre um alento fundamental ao êxito do projeto!
Arquivista Social e pesquisador responsável: jacksonguterres@gmail.com
(*1) esta proposta foi apresentada pelo escritor, jornalista, tradutor e cartunista: Millôr Fernandes como uma alternativa de tradução ao português do termo em inglês, “site”. Já tendo sido adotado por alguns saites jurídicos no Brasil, como o Espaço Vital e defendido por alguns professores de português – leia a justificativa no Espaço Vital.
CURSO DE ARQUIVOLOGIA
sob a orientação do Professor e Arquivista da AsF Jorge Eduardo Enriquez Vivar.

Que sua Eminência ordene em todas e em cada uma das províncias que se reserve um prédio público no qual o magistério (defensor) guarde os documentos, escolhendo alguém que os mantenha sob custódia, de forma que não sejam adulterados e possam ser encontrados rapidamente por quem os solicite; que entre eles haja rquivos e seja corrigido tudo que foi negligenciado nas cidades. (Imperador Justiniano – Século VI)
EMENDA Nº 128
Acrescente-se no art. 317 do mesmo Decreto-lei, o seguinte parágrafo:
§ 2º. As disposições deste artigo não se aplicam aos que se dedicam à prática religiosa de curar, mediante oração, ou por meios exclusivamente espirituais, sem prescrever, ministrar ou aplicar drogas, substâncias ou outros remédios, nem usar de meios ou intervenções físicas, sem, mesmo, efetuar diagnósticos, limitando-se, tão somente, à observância da fé de sua Igreja ou Religião legalmente constituída no país e de reconhecida respeitabilidade e idoneidade.
(Publicação de uma Sala de Sessões datada de 6 de novembro de 1973 e assinada pelo Senador Gaúcho Guido Mondin à pg. 36)
Para ler uma transcrição réplica da publicação da Sala das Sessões do Senado => EMENDA Nº 128
REFERÊNCIAS
Biografia dos Senadores. Site do Senado Federal. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/sf/senadores/senadores_biografia.asp?codparl=1724&li=40&lcab=1955-1959&lf=40 > | Acesso em: 27 de maio 2010.
MONDIN, Guido Fernando. Publicação Oficial das Salas das Sessões do Senado Federal. Gráfica do Senado Federal. 6 de novembro de 1973. p. 36
[Uma representação digital do documento histórico, em PDF, acima mencionado, integra o acervo do Arquivo Histórico Digital da Ciência Cristã]
Reedição em 27/2/2012