Compartilho uma produção da Discovery Channel, que sintetizou toda a história e evolução da Internet, é muito legal, penso que poderíamos chamar de um belíssimo memorial digital sobre os valorosos pioneiros que, com inteligência e visão, contemplaram uma esfera pública virtual sem fronteiras! Têm mini-vídeos/documentários curtíssimos com entrevistas antigas a esses pioneiros, compartilhe com seus entes queridos, porque é um documento histórico bem completinho! Para acessar clique: A Internet
Uma das informações impactantes que constam nessa produção é uma estimativa de que, em 2015, seremos no Globo, em torno de 2 bilhões de usuários! Pare e pense só um pouquinho no imenso potencial de intercomunicação e interação dessa rede mundial sem fronteiras e a gama de possibilidades que abrem-se para a proliferação de boas ideias?
Pierre Lèvy, sociólogo e filósofo da informação tem pesquisado e nos mostrado novos universos de conhecimento que ele chama de cibercultura, num ciberespaço, no rumo de uma “ciberdemocracia interplanetária”. Recomendo o livro: “O futuro da Internet: em direção a uma ciberdemocracia interplanetária” onde o Prof. Dr. e pesquisador da Faculdade de Comunicação da UFBA, André Lemos traduziu Lèvy e nos apresenta conceito novos e valorosos como o de: “esfera pública” global, que sugere uma substituição ao termo local: “opinião pública”.
Como Arquivista Social, minha principal preocupação, fazendo uma correlação com a entrada em vigor da LAI- Lei de Acesso à Informação, no dia de ontem, é: Porque não usar a Internet, sua potencialidade e possibilidades, como aliadas sociais plenas no processo democrático de transparência, acessibilidade e celeridade dos serviços públicos, notadamente dos serviços de arquivo, viabilizando o acesso à representação digital dos documentos públicos?
O ilustre governador Aécio Neves, há um tempo atrás em seu governo, liberou o uso das redes sociais para os servidores públicos do Estado de Minas Gerais. A iniciativa pioneira desse homem de visão, no meu olhar, foi um prenúncio do que poderá ser o esforço coletivo das instituições para aproximar-se melhor do cidadão, com mais canais abertos de intercomunicação, portais de transparência, desburocratizando, acabando com a “carimbologia”, pois já estamos na onda do processo eletrônico, da assinatura digital e por aí vai…
Infelizmente, os “Estados que ainda estão na Pré-História”, parafraseando o Ministro da CGU, têm feito o contrário, privado os seus servidores até do simples acesso à Internet. Até quando esse isolamento comunicacional do servidor em relação à como a sociedade intercomunica-se vai continuar? Aí vai depender do controle cidadão e da consciência social além do despertar de nossos gestores públicos! Quem sabe nas próximas eleições daremos mais atenção a quem se propor a usar melhor os recursos tecnológicos que estão aí, ao dispor, para democratizar o direito de acesso, a transparência, a celeridade e a comunicabilidade na prestação dos serviços públicos?
Tenho acompanhado a evolução do uso dos recursos da web pelos órgãos públicos e parabenizo os valorosos pioneiros, que estão dando bom exemplo! Hoje já podemos acompanhá-los em blogs, no twitter e no You Tube. Por que não criar também uma página institucional no Facebook? – proponho uma “página”, não confundir com “grupo” ou simples abertura de uma conta no Facebook, por que são recursos diferenciados!
Algo me diz que o órgão público que for o pioneiro na criação de uma página no Facebook tenderá a fazer muito sucesso, e ficará na história da web nacional como o primeiro a usar esse recurso, ainda pouco explorado, das redes sociais pela governança nas três esferas de poder – federal, estadual e municipal!!!!
No resumo da ópera, todos temos que cooperar para conquistarmos juntos uma maior inclusão digital daqueles que ainda nada conhecem das potencialidades e facilidades da Internet. Outrossim, nutrirmos uma consciência evoluída em relação ao uso mais seguro e responsável da Internet.
Por último, fica um protesto de um cidadão que deseja ver a interatividade da Internet, mais acessível e viável nos novos canais HDTV – das televisões digitais. Existe uma tendência dos lobbies das emissoras em não abrir esse espaço para interação com o público em tempo real, usando as facilidades da Internet com serviço integrado da interatividade nos televisores digitais. Meu protesto resumear-se-á em três simples perguntas cidadãs que não podem calar:
1) Se os canais de televisão são concessões públicas e democráticas, então porque não abrir o espaço para a interatividade online com os telespectadores?
2) De que será que os empresários tem medo? Será que temem o controle social e o retorno em tempo real da vox populi? Mas as programações não deveriam ter como foco o “interesse público”, e, a interatividade não seria algo de relevante interesse do público?
Feliz reflexões, vamos nos manter de olho e feliz Dia Mundial da Internet para tod@s!